Ser mãe empreendedora é viver nos extremos, ser mãe é viver nos extremos… Abrimos mão da formalidade para nos dedicarmos à cria. Por um átimo de segundo achamos que vamos trabalhar menos (pronto, passou), mas o fato que é que somos a compradora, a vendedora, o marketing, o financeiro, a faxineira, a RH, a motorista… da empresa materna SA (a anônima somos nós mesmas).

O retorno? Vem pingado, cobrindo (bem) pouco a pouco o investimento que fazemos (porque claro que não contabilizamos o tempo nem o combustível que são da pessoa física). E para o mundo fica o glamour das redes sociais, aquele post que perdemos 15 vezes antes do “compartilhar” porque surgiu alguma demanda urgente (que pode vir acompanhada de um choro ou de um mainnnnnnn, de um cocô “de nuca”, de um vamos brincar, tô com fome….). Para o mundo fica a sensação de UAU, você está fazendo seu horário, trabalhando em casa e ficando rycaaaaa (voz de Carolina Feraz)… que os anjos digam amém!

Mas é isso, cada um sabe onde lhe apertam os sapatos, e ninguém coloca foto estanha no álbum!

A glória chega (antes da grana, que também chegará, assim seja), e no final das contas tudo vale a pena, porque estamos perto das crias, e também porque esse empreendedorismo faz parte de um profundo processo de autoconhecimento, e da busca da nova você, que já não se encaixa mais nos moldes de antes, porque ao dar à luz você também renasce, suas prioridades, sua visão de mundo, você passou a questionar padrões antigos do status quo.

Hoje escrevo sobre isso porque como professora da Dança Materna, testemunho no grupo vários renascimentos, sejam em novos percursos ou em diferentes formas de caminhar. Vejo mulheres que iniciam bancando para empreender com muito sangue, suor, leite e lágrimas. Mas a hora do sorriso chega. E quem olha de fora e acha que tudo é fácil… Digo amém, tudo vem a mim com facilidade, alegria e glória.

Dedico a todas as mães empreendedoras que já vi nascer.

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