Alimentar sentimentos nos molda o caráter, a personalidade. Meus pais por vezes comentam histórias de quando eu era criança. No mínimo, eu era uma garota lúdica que falava com pedras e questionava tudo. Brincava com o irmão de Lego e construía cidades. Ouvia com muita atenção às palavras da irmã. Já quis ser veterinária, professora de português, baterista. Mas o que me encantava era a dança e o que ela me fazia sentir, desde quando eu não sabia dividir números com vírgula.

É engraçado como sentimentos antigos nos fazem entender por que somos assim agora. E paramos pra pensar: “Por que não corri atrás disso antes?”, “Por que não li os livros que tanto tive vontade?”.

Por que fiquei sempre questionando os porquês que eu não cumpri? Eu mesma me joguei numa linha de descaso. Isso é reflexo de quem tem sonhos demais e, por sonhar muito, quer tudo para o agora e o tudo fica perdido quando a zona de conforto entra em confronto com o real e a minha paralela realidade. Para os calculistas, eu sou uma desorganizada. Para as almas livres, mais um ser em busca do equilíbrio.

Hoje? Hoje já desvendei vários dos meus mistérios e posso afirmar que estou me tornando uma pessoa mais decidida. Só não sei ainda para onde caminhar…

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