Eu sou uma festa
Só entra quem for convidado
Fica quem eu permito
Eu me pertenço
Expresso e espalho pelo mundo
O meu êxtase
Eu sou fruto sagrado da natureza
O meu corpo não é culpa
Não é convite
Não é objeto
Não é propriedade
O meu corpo é laico
É vida
O meu prazer solo materizalizado
Morada da alma
Alma forte
Resiste a tempestades e vendavais
Disfarçada de ser frágil
Que não resiste às dores
De estar oculta
No objeto que fazem de mim diariamente