Na vida privada, mães implorando pela participação dos pais. Na vida pública, pais considerando-se participativos por conta de trocas de fraldas e passeios.

Um legítimo diálogo de surdos.

Mas eis que em meio a multidão, um nos ouve: Marcos Piangers. E ele não se limita a ouvir. Ele também fala sobre o que é ser pai de fato. E em alto e bom som para quem quiser ouvir.

O interessante desse cara é que ele realmente descobriu que ser pai é algo incrível e que dá trabalho pra caramba. Um trabalho do cão. A ponto de considerar inacreditável as mães estarem segurando essa barra sozinhas por tanto tempo, sem ter com quem dividir nem sequer as maravilhas dessa jornada.

Testemunhamos na figura do Piangers um grande despertar dos homens em relação ao seu papel na huminadade, uma vez que abraçar a paternidade é solidarizar-se com as dores do mundo, é praticar a empatia, é ter esperança.

Apesar da solidão na maternidade, sentimos que há luz no fim do túnel quando um cara como esse nos mostra que ele participa de um movimento social que convoca os pais a se implicarem totalmente na criação dos seus filhos e que isso sim é o bacana, o esperado.

Além desse mergulho na paternidade, Piangers evoca a abertura de um espaço genuíno de escuta para as mães, leia-se, maridos que buscam efetivamente compreender suas mulheres, que exercitam o lance de se colocar no lugar delas e embarcam nas lutas por igualdade.

Não, ele não é o cara perfeito. E pra que seria? Não precisa. Não é disso que se trata. Trata-se de amar, de ouvir e de falar.

Valeu, Piangers. Estamos juntos.

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