Quatro gerações de mulheres. O que elas têm em comum? O que as diferencia? A época em que viveram, condições de vida, dificuldades ou alegrias?

Quantas coisas mudaram desde os tempos de Dona Conceição até os tempos de Ayla. Mas algo que não mudou foi o fato de serem todas mulheres e, isso, já é o suficiente para serem tão parecidas.

Conceição, mãe de 8, pensava no que dar de comer para seus filhos na próxima refeição. Ficou viúva muito cedo. Virou mãe solo por obrigação.

Zenir, mãe de 3, apesar de ter marido, não o tinha presente. Fez o melhor que pode, sendo mãe solo por obrigação.

Aníbia, mãe de 1, tem marido e o tem presente. Mas afinal, o que é ser presente quando uma mãe precisa pensar e fazer tudo pela sua casa, sozinha, por obrigação?

Ayla, talvez seja mãe um dia, talvez não. Quem sabe ela faça menos coisas por obrigação?

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Mãe, resolvi te dar esse singelo presente como uma forma de agradecer tudo o que fez por mim e por meus irmãos. Tenha a certeza que sei o quanto você deu o seu melhor e nos amou, incondicionalmente, mesmo diante dos seus perrengues.

A vó errou, você errou e eu também estou errando como mãe, várias vezes. Mas ser mãe, já é um ato de amor e coragem por si só.

Nós, mulheres, em diferentes graus, somos solitárias na jornada de mãe. E isso já é motivo de aplausos e troféus por toda a parte.

Sigo te admirando por tudo o que nos proporcionou. Tuas ajudas, mesmo com pouca escolaridade, nas minhas tarefas da escola. As festinhas de aniversário e as surpresinhas que você me dava sempre que podia. As roupinhas combinando. Os abraços e os beijinhos cheios de amor. Sem falar nas fraldas sujas trocadas, nas noites mal dormidas e nos choros acalentados. Por tudo isso e muito mais coisas que talvez eu nem lembre agora, meu muito obrigada!! Aníbia Machado.

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