Eu tô adorando essa nova pegada do cinema, tentando desconstruir a imagem dos vilões, como no caso da Malévola e do Coringa. E quando envolve empoderamento feminino então, outro tema em alta nas telinhas, eu me apaixono!

Por isso, eu corri para assistir a estreia de Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa. Tava ansiosa para ver como a anti-heroína dos quadrinhos da DC ía se sair sem a sombra do Coringa. E não deu outra, ela voou.

Mas, apesar de eu ter amado esse outro lado da Arlequina, o filme me deixou com uma pulga atrás da orelha. E é sobre isso que vou falar hoje. Vem comigo que prometo não dar spoilers ?.

UM POUCO SOBRE O FILME

De forma geral, o filme é centrado na separação da Arlequina e do Coringa e em como ela precisa se virar sem a proteção dele. Além da Arlequina, interpretada por Margot Robbie, outras mulheres sofrem com o abuso de poder dos homens e precisam se juntar para enfrentar o temido Máscara Negra.

O grupo girl power é formado por mulheres fodas que, diga-se de passagem, são lindas, inteligentes e lutam pra caramba.

E ah, vale lembrar que Aves de Rapina contou, também, com a direção de uma mulher, a chinesa Cathy Yann. É muita mulher poderosa em um só lugar ??‍♀️.

Não posso deixar de falar, também, sobre a trilha sonora. Sabe aquele metal que qualquer um respeita e que dá uma injeção de ânimo para ninguém ficar dormindo? Pois é, salva de palmas para o responsável pelas músicas maravilhosas do filme!

Mas (tudo na vida tem um “mas”), o que me deu um certo desconforto foram as lutas fantasiosas protagonizadas pela mulherada. Sabe aquele tipo de cena que você fala: “só em filme mesmo”? Soltei essa frase várias vezes. E é aí que quero chegar:

EMANCIPAÇÃO DA ARLEQUINA: FABULOSA OU FANTASIOSA?

Falando especificamente da emancipação da Arlequina, é fabulosa. O filme botou a anti-heroína na vitrine! Nada mais justo, depois da visibilidade que o seu antigo parceiro, Coringa, ganhou nas telas de todo o mundo.

Ela é divertida, engraçada e tem uma certa ingenuidade que conquista, até mesmo, gregos e troianos. É bondosa em certos momentos, o que é demonstrado através da sua relação com seu cãozinho (na verdade é uma hiena) e, também, pela sua postura educativa com a menina Cassandra Cain.

É claro, sem deixar de citar suas incríveis habilidades que a torna, em pouco tempo, a mais nova rainha do crime de Gotham City.

Essa emancipação feminina nas telas − e fora delas − é um tema que está em alta e é extremamente relevante. A desigualdade de gênero ainda existe, infelizmente, e só será eliminada se continuarmos falando sobre o tema. Principalmente por meio do entretenimento, como no caso dos filmes.

Agora, eu não posso fechar os olhos e dizer que Aves de Rapina é simplesmente fabuloso. O filme é cercado de fantasia, daquelas forçadas mesmo, sabe?

Sei que a obra quis trazer essa pegada girl power a todo o custo. Mas, esse negócio de ser invencível, força a barra, vai!

Sem falar da incitação à violência trazida tanto no filme do Coringa, quanto no da Arlequina. Sei que por trás de todo o vilão tem uma história triste, mas nada justifica a crueldade.

De forma geral, eu adorei a emancipação da Arlequina, mas que a Cathy Yann poderia ter maneirado na fantasia, isso poderia.

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