Come\u00e7o este relato dizendo que o nascimento da Alice foi uma experi\u00eancia maravilhosa para mim, inesquec\u00edvel. Descobri que tinha uma for\u00e7a dentro de mim que n\u00e3o sabia que existia, consegui uma maior conex\u00e3o com meu corpo e com certeza, me senti muito mais mulher depois disso. Al\u00e9m da emo\u00e7\u00e3o indescrit\u00edvel que foi v\u00ea-la pela primeira vez depois de uma descarga enorme de ocitocina! <\/p>\n\n\n

S\u00f3 sentindo para saber… Sa\u00ed de l\u00e1 j\u00e1 com gostinho de quero mais! Foi um parto lindo, muito tranquilo, sem nenhuma intercorr\u00eancia.<\/span><\/p>\n\n\n

Por\u00e9m, foi cheio de interven\u00e7\u00f5es desnecess\u00e1rias e indesejadas, algumas sem maiores consequ\u00eancias e outras que dificultaram minha recupera\u00e7\u00e3o no p\u00f3s-parto. Mas pior que isso, ocorreram algumas situa\u00e7\u00f5es de real desrespeito durante esse processo. Vou contar um pouco de como foi essa trajet\u00f3ria.<\/p>\n\n\n\n

Gravidez<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Quando engravidei tinha a certeza de que queria um parto normal. \u00c9 claro que uma ces\u00e1rea tamb\u00e9m seria muito bem-vinda, caso ela fosse necess\u00e1ria. O que eu n\u00e3o queria de jeito nenhum era cair em uma sem haver real necessidade, como via acontecendo com a maioria das minhas amigas, sendo que quase sempre era por indica\u00e7\u00e3o do pr\u00f3prio m\u00e9dico. Ent\u00e3o, a primeira coisa que procurei fazer foi encontrar um m\u00e9dico que fosse a favor do parto normal e me preparar para isso. Nessa \u00e9poca n\u00e3o sabia nada sobre interven\u00e7\u00f5es no parto normal, parto humanizado etc. Tamb\u00e9m n\u00e3o tinha ideia de como o trabalho de parto, essa passagem, era importante para o emocional da mulher. Sempre pensei apenas no fisiol\u00f3gico, de que o parto normal era melhor apenas por ser a hora que o beb\u00ea estava pronto, pela melhor recupera\u00e7\u00e3o no p\u00f3s-parto, pelo favorecimento da amamenta\u00e7\u00e3o, estas coisas. E assim segui com a gravidez, que foi muito tranquila. Trabalhei normalmente, tentei manter uma alimenta\u00e7\u00e3o saud\u00e1vel, controlei o peso, me mantive ativa, fazia caminhada sempre e fiz aulas de yoga para gestante at\u00e9 a semana dela nascer, o que foi \u00f3timo para a postura, respira\u00e7\u00e3o e era uma del\u00edcia me conectar com ela durante as aulas! No entanto, como n\u00e3o tinha ideia de como seria o processo real do parto, fui buscar informa\u00e7\u00f5es. Tinha medo da dor, que tantos diziam horrores (e francamente sou super fraca para dor…), n\u00e3o sabia o que poderia acontecer, quando teria que fazer for\u00e7a, quando ir para o hospital, o que realmente caracterizava indicativo para ces\u00e1rea, enfim, estava cheia de d\u00favidas, principalmente do que teria que fazer e de como me preparar para \u201cdar conta\u201d quando chegasse a hora. <\/p>\n\n\n

Foi a\u00ed que descobri o \u201cDespertar do Parto\u201d, que eles tinham um curso preparat\u00f3rio para o parto.<\/span><\/p>\n\n\n

Achei maravilhoso e queria muito fazer, mas no final de semana do curso nem eu nem o meu marido poder\u00edamos (estava de 6 meses na \u00e9poca). Fiquei bem chateada, mas no m\u00eas seguinte quando fui l\u00e1 ver se haveria outro curso antes da Alice nascer, eles disseram que n\u00e3o, mas que poderiam fazer um individual, mais curto, para mim e meu marido. A Helena nos deu o curso, que foi fundamental para que eu me sentisse mais calma, segura e confiante para o parto em si. O problema foi que j\u00e1 estava de 8 meses quando descobri um monte de coisas que n\u00e3o tinha nem ideia que existiam… E pior, quando fui falar com meu m\u00e9dico, percebi que ele realmente era a favor do parto normal, mas cheio de interven\u00e7\u00f5es, bem longe do que seria o humanizado. Ficou claro para mim que as interven\u00e7\u00f5es que ele faria seriam aquelas que ele realmente acreditava que eram necess\u00e1rias, pois ele \u00e9 da linha que acredita que \u00e9 preciso a ajuda do m\u00e9dico para que o parto ocorra bem, ou seja, ele n\u00e3o acredita na fisiologia do parto, que a mulher sabe parir naturalmente. Sa\u00ed do consult\u00f3rio arrasada, totalmente insegura e na d\u00favida do que deveria fazer. Eu queria o parto humanizado, mas n\u00e3o sabia se queria mudar de m\u00e9dico. Cheguei a consultar outro m\u00e9dico e fiquei uma semana com uma d\u00favida cruel se mudaria ou n\u00e3o. Meu marido foi bem companheiro nessa hora, me deu total apoio para qualquer decis\u00e3o que eu tomasse, inclusive disse que se eu quisesse mudar de m\u00e9dico, ele iria falar com o anterior explicando nossa decis\u00e3o (o m\u00e9dico era amigo da fam\u00edlia e confesso que estava morrendo de vergonha de chegar para ele e dizer que iria fazer o parto com outro, depois de ter feito o pr\u00e9-natal inteiro e combinado tudo sobre como seria o parto). A essa altura, j\u00e1 estava com 36 semanas, era v\u00e9spera de Natal e os m\u00e9dicos estavam entrando de f\u00e9rias. Havia dois m\u00e9dicos que faziam esse tipo de parto (conforme me indicaram na \u00e9poca): uma era a Dra. Fl\u00e1via Maciel que tamb\u00e9m estava na reta final de gravidez (a Bianca nasceu uma semana antes da Alice, ent\u00e3o imposs\u00edvel!!) e o outro m\u00e9dico estava de f\u00e9rias do consult\u00f3rio, mas disse que se no dia estivesse aqui faria meu parto. Enfim, acabei decidindo continuar com meu m\u00e9dico mesmo por v\u00e1rias raz\u00f5es: inseguran\u00e7a, um pouco de press\u00e3o familiar e quest\u00f5es financeiras, pois o parto humanizado ficaria bem mais caro e n\u00e3o hav\u00edamos nos preparado para isso, principalmente porque t\u00ednhamos acabado de mudar de casa e est\u00e1vamos cheios de contas para pagar… Mas acho que o mais importante para minha decis\u00e3o de continuar com ele foi que em outra consulta conversei bastante e consegui \u201cnegociar\u201d a maioria dos procedimentos, principalmente os que eu julgava que seriam os mais importantes para mim, e ele concordou! Al\u00e9m disso, apesar de n\u00e3o gostar muito do Sinh\u00e1, acabamos optando por essa maternidade por ser a que o conv\u00eanio cobria e porque durante a visita que fizemos eles me garantiram coisas, como o fato do meu marido ficar o tempo todo comigo, que n\u00e3o cumpriram no dia, vou contar logo mais. Bem, depois dessas decis\u00f5es, segui tranquila para o fim da gravidez. Parece mentira, mas por incr\u00edvel que pare\u00e7a n\u00e3o fiquei ansiosa (quem me conhece sabe que sou bem ansiosa), estava bem calma e tranquila, talvez porque n\u00e3o tinha nenhum sinal de que ela nasceria logo e estava passando muito bem. Eu coloquei na cabe\u00e7a que ela nasceria somente no final de janeiro, l\u00e1 pelas 41 semanas ou mais! Estava adorando curtir o barrig\u00e3o. S\u00f3 torcia para que ela n\u00e3o nascesse nem no Natal nem no Ano Novo, pois, apesar de ser um pouco cedo, corria o risco…<\/p>\n\n\n\n

Parto<\/strong><\/p>\n\n\n\n

No dia 8 de janeiro de 2014, uma quarta-feira, fui a uma consulta de pr\u00e9-natal e o m\u00e9dico disse que a beb\u00ea estava \u00f3tima, em posi\u00e7\u00e3o cef\u00e1lica, mas que ainda n\u00e3o havia encaixado e eu n\u00e3o tinha nada de dilata\u00e7\u00e3o (pela primeira vez ele avaliou a dilata\u00e7\u00e3o). Minha barriga n\u00e3o estava nem baixa, aparentemente. At\u00e9 ent\u00e3o nunca havia sentido uma contra\u00e7\u00e3o (nem as de treinamento), c\u00f3licas, sangramento, nada, nada, nem um sinalzinho de parto pr\u00f3ximo. Ele marcou a pr\u00f3xima consulta para a semana seguinte e orientou seguir vida normal, tudo liberado! S\u00f3 pediu para eu n\u00e3o viajar e avisar qualquer mudan\u00e7a de quadro. Disse que provavelmente ela demoraria mais uns quinze dias para nascer (o que daria umas 41 semanas), mas que era imprevis\u00edvel, que eu poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento. Sai de l\u00e1 achando que iria demorar um bocado ainda para ela nascer, avisei o pessoal da fam\u00edlia que seria s\u00f3 para o fim do m\u00eas (tamb\u00e9m para ningu\u00e9m ficar me ligando e dizendo e a\u00ed, n\u00e3o nasceu ainda?!!). N\u00e3o tinha nem terminado de arrumar os \u00faltimos detalhes do quarto da nen\u00ea e resolvi deixar para a semana seguinte, afinal naquela semana estava ocupada com a formatura de uma amiga. No dia seguinte, na quinta-feira, andei o dia todo e de noite fui ao jantar de formatura da medicina (de rasteirinha e com o \u00fanico vestido de festa que me servia…). Comi um monte e dancei (do jeito que consegui) at\u00e9 as 3 da manh\u00e3. Na sexta-feira, dia 10 de janeiro, exatamente no dia que completei 39 semanas, entrei em trabalho de parto! O Daniel saiu cedo para trabalhar (nem o vi sair) e quando foi umas 9 horas da manh\u00e3 acordei com um pouco de dor nas costas. Achei que era porque tinha abusado muito no dia anterior e tentei dormir mais um pouco (com os v\u00e1rios travesseiros que estavam na cama…), mas n\u00e3o consegui e resolvi levantar. Quando fui ao banheiro percebi um pouquinho de sangramento, bem pouco mesmo, s\u00f3 sujou o fundo da calcinha, mas ainda n\u00e3o era o tamp\u00e3o. E vi que a dor nas costas n\u00e3o era s\u00f3 uma dor nas costas, mas eram c\u00f3licas, iguais \u00e0s de menstrua\u00e7\u00e3o. Liguei para o Daniel e contei a situa\u00e7\u00e3o: eram os primeiros sinais do t\u00e3o esperado trabalho de parto! Mas continuei calma e resolvi continuar vida normal, pois o m\u00e9dico tinha avisado que eu poderia ficar mais de uma semana desse jeito. J\u00e1 estava combinado da minha m\u00e3e vir almo\u00e7ar comigo neste dia para irmos \u00e0 cola\u00e7\u00e3o de grau de tarde, ent\u00e3o n\u00e3o ficaria sozinha e falei para o Daniel que ele poderia continuar trabalhando, afinal eram apenas c\u00f3licas (um pouco mais fortes, conforme passava o tempo). Fiz almo\u00e7o, minha m\u00e3e chegou, almo\u00e7amos (comi bem, mas uma comida mais leve, porque vai que o trabalho de parto engrenasse mesmo n\u00e3o era uma boa ideia comer algo muito pesado). E fomos para a cola\u00e7\u00e3o de grau. Chegando l\u00e1, umas duas da tarde as contra\u00e7\u00f5es realmente come\u00e7aram! Doloridas, a barriga endurecia, mas ainda estavam bem suport\u00e1veis e espa\u00e7adas. Fui avisando o Daniel por telefone. Decidi n\u00e3o ir embora, s\u00f3 se piorasse. Minha m\u00e3e foi comigo l\u00e1 para fora da cola\u00e7\u00e3o e ficamos no sofazinho que tinha l\u00e1. Estava bem confort\u00e1vel, tinha ar condicionado, \u00e1gua, suco e colinho de m\u00e3e, que foi minha \u201cdoula\u201d durante a tarde toda. Gra\u00e7as a Deus, ela estava bem calma e conseguiu me passar for\u00e7a e tranquilidade na hora. Achei o m\u00e1ximo sentir as contra\u00e7\u00f5es. Elas do\u00edam, mas cada contra\u00e7\u00e3o que vinha eu pensava que era minha filha que estava chegando, que estava cada vez mais perto de nascer! Realmente era como se fossem ondas, que iam e vinham. Mas o que achei mais incr\u00edvel nesse processo era que entre as contra\u00e7\u00f5es eu simplesmente n\u00e3o sentia absolutamente nada, a dor passava completamente como que por um passe de m\u00e1gica. L\u00e1 pelas cinco da tarde elas j\u00e1 estavam bem ritmadas e doloridas, vinham a cada 10, 15 minutos e eu j\u00e1 n\u00e3o conseguia conversar nem fazer nada durante as mesmas. Decidimos passar no consult\u00f3rio do m\u00e9dico para avaliar como estava. O Daniel saiu do servi\u00e7o e nos encontrou l\u00e1. No caminho pedi sorvete para n\u00e3o ficar sem comer! Que del\u00edcia, mas n\u00e3o consegui comer muito n\u00e3o, pois j\u00e1 estava com bastante dor. Ao me examinar, o m\u00e9dico disse que realmente eu estava em trabalho de parto e que ela nasceria logo (todos assustamos, como assim, j\u00e1?!!), o melhor foi a express\u00e3o de espanto do Daniel nessa hora… Eu estava com 3 cm de dilata\u00e7\u00e3o, ela estava encaixada e o colo do \u00fatero estava bem fino, segundo o m\u00e9dico. Ele nos orientou a ir para casa, tomar um belo e demorado banho, arrumar as malas, comer e depois calmamente ir para o hospital. Assim fizemos. Estava muito, muito feliz, curtindo muito o trabalho de parto, andando de um lado para outro pela casa, toda serelepe (entre as contra\u00e7\u00f5es), quis at\u00e9 tirar a \u00faltima foto da barriga, inclusive brincando do Daniel estour\u00e1-la… Parecia crian\u00e7a que estava indo para o parque, minha filha estava chegando!! Antes de sairmos de casa, rezamos pedindo prote\u00e7\u00e3o a Deus e a intercess\u00e3o de Maria para que tudo corresse bem e nossa filha viesse com sa\u00fade. Assim, seguimos para o hospital. Isso j\u00e1 eram umas 20:30. No percurso, dentro do carro, as contra\u00e7\u00f5es j\u00e1 estavam bem doloridas e pr\u00f3ximas, mais ou menos a cada 3 minutos, e era dif\u00edcil controlar a dor sentada.<\/p>\n\n\n

Lembro que quando estava quase chegando no hospital me conectei com a beb\u00ea e pensei muito forte que ela poderia vir, que eu estava preparada para receb\u00ea-la com todo amor, independente do que acontecesse.<\/span><\/p>\n\n\n

Acho que foi a\u00ed que me entreguei mesmo para o trabalho de parto, pois at\u00e9 aquele momento acho que n\u00e3o estava acreditando muito que ela realmente estava para nascer. Chegando no hospital, me deixaram 40 minutos na recep\u00e7\u00e3o esperando! Eu tive que come\u00e7ar a dar entrada nos pap\u00e9is para a interna\u00e7\u00e3o em pleno trabalho de parto, pois o Daniel tinha ido estacionar. Isso porque eu tinha feito a pr\u00e9-interna\u00e7\u00e3o pelo site e levei um papel com todos os dados poss\u00edveis (papel que eles simplesmente ignoraram). Primeiro a recepcionista me deu uma bronca enorme porque eu cheguei l\u00e1 tomando \u00e1gua de coco! Mesmo eu falando que tinha sido por orienta\u00e7\u00e3o do m\u00e9dico, ela ficou bem inconformada… Al\u00e9m disso, ela queria que eu passasse pelo plantonista, pela triagem para ver se realmente estava em trabalho de parto (poxa, era s\u00f3 olhar para mim!). Ela disse que n\u00e3o me internaria se eu n\u00e3o passasse. Ent\u00e3o, eu que peguei o telefone do meu m\u00e9dico, passei para ela, e s\u00f3 depois que ele falou que era para me internar direto, que ele chegaria da\u00ed a pouco, ela aceitou e deu entrada nos pap\u00e9is como \u201ctentativa de parto normal\u201d. O pior foi que todos ficavam me olhando como se eu fosse um ET na recep\u00e7\u00e3o, e olha que eu n\u00e3o estava chorando, gritando, dando nenhum tipo de \u201cpiti\u201d. Estava simplesmente em trabalho de parto!!! Com muitas contra\u00e7\u00f5es doloridas e bem pr\u00f3ximas umas das outras… O mais absurdo \u00e9 que em uma maternidade, com v\u00e1rias gr\u00e1vidas, s\u00f3 tinha eu em trabalho de parto, acho que foi por isso o espanto. Mas isso n\u00e3o me incomodou muito, s\u00f3 fiquei bem chateada pela demora em me deixar entrar e quando finalmente entrei, estava sozinha, o Daniel ainda ficou l\u00e1 fora. Eles n\u00e3o deixaram ele entrar comigo, pois ainda faltavam alguns pap\u00e9is para assinar. E mesmo quando terminou tudo, depois ele me contou que ainda demoraram mais de meia hora para liberarem a entrada dele.<\/p>\n\n\n\n

Assim que internei, fui direto para sala de pr\u00e9-parto (ainda n\u00e3o tinha a sala de parto humanizado no Sinh\u00e1), e l\u00e1 pedi para entrar no chuveiro. Nessa hora, vi que meu tamp\u00e3o tinha sa\u00eddo no caminho para o hospital. Fiquei no chuveiro um temp\u00e3o e tinha uma santa enfermeira que ficou l\u00e1 comigo grande parte do tempo, me deu at\u00e9 um banquinho para sentar. Lembro da express\u00e3o de carinho dela, apesar de n\u00e3o ter falado muito. At\u00e9 hoje n\u00e3o sei quem era, mas sua empatia fez toda a diferen\u00e7a naquele momento que estava sozinha e com dor. E que al\u00edvio… como melhorou a dor! N\u00e3o queria sair de l\u00e1 nunca mais… Perdi a no\u00e7\u00e3o de tempo. N\u00e3o sei quanto tempo fiquei l\u00e1, mas teve uma hora que quis sair, tinha cansado de ficar no chuveiro. J\u00e1 estava at\u00e9 enrugada. Neste momento o Daniel chegou! E logo em seguida, alguns minutos depois, entrou o meu m\u00e9dico. Ele me examinou novamente e viu que eu estava com cinco para seis cent\u00edmetros de dilata\u00e7\u00e3o. Neste momento ele j\u00e1 me encaminhou para o centro cir\u00fargico e o Daniel ficou na sala de pr\u00e9-parto esperando. Fiquei bem chateada, pois queria ficar com ele, j\u00e1 tinha ficado um temp\u00e3o sozinha… mas o m\u00e9dico explicou que ele n\u00e3o poderia entrar antes de eu tomar a anestesia. Achei um absurdo, mas n\u00e3o tive como protestar. Na hora resolvi ignorar tudo de ruim que acontecesse e me concentrar na Alice que estava para chegar, ela precisava de mim inteira, totalmente voltada para ela e foi isso que me deu for\u00e7as na hora. No centro cir\u00fargico ficamos esperando o anestesista chegar. Detalhe, ainda n\u00e3o havia pedido a anestesia, ainda estava aguentando as dores, mas como realmente estava com medo do expulsivo, e sabia que n\u00e3o teria nenhum mecanismo n\u00e3o farmacol\u00f3gico para amenizar a dor, n\u00e3o teria doula, massagem, banheira, n\u00e3o poderia escolher a posi\u00e7\u00e3o para parir, ent\u00e3o achei que seria melhor mesmo tomar a anestesia… Mas o anestesista (por sorte) demorou um temp\u00e3o para chegar. E fiquei andando pelo centro cir\u00fargico. O m\u00e9dico disse que eu poderia sentar ou deitar se quisesse. At\u00e9 tentei sentar, mas assim que veio uma contra\u00e7\u00e3o, levantei correndo, de tanta dor. Achei que de p\u00e9 e andando do\u00eda bem menos e ele me deixou \u00e0 vontade para fazer o que quisesse. N\u00e3o foi t\u00e3o ruim, pois tinha bastante familiaridade com o m\u00e9dico e logo chegou o fot\u00f3grafo (do hospital) e o pediatra, e todos ficaram me dando apoio, estava um clima bem descontra\u00eddo. Neste momento as contra\u00e7\u00f5es pioraram, ficaram muito fortes, quase insuport\u00e1veis, e comecei a sentir at\u00e9 um pouco de n\u00e1usea (o m\u00e9dico at\u00e9 brincou que eu era boa parideira, pois sem soro sem nada j\u00e1 estava daquele jeito…). A\u00ed o anestesista chegou e tomei a anestesia, a primeira interven\u00e7\u00e3o feita at\u00e9 ent\u00e3o. O pior foi ter que ficar sentada, curvada com contra\u00e7\u00f5es que n\u00e3o paravam de vir e estavam doendo muito. O anestesista era super bonzinho, sempre esperava o intervalo entre as contra\u00e7\u00f5es para fazer os procedimentos, mas o problema \u00e9 que era quase imposs\u00edvel ficar parada neste momento e a contra\u00e7\u00e3o sentada do\u00eda horrores. O m\u00e9dico disse que daria s\u00f3 um pouco de anestesia para n\u00e3o desacelerar o trabalho de parto, que estava indo muito bem. Achei bom, pois queria sentir ela nascer. Continuei sentindo minhas pernas, senti as contra\u00e7\u00f5es, tudo e n\u00e3o tive nenhuma rea\u00e7\u00e3o da anestesia nem durante nem depois do parto. Demorou alguns minutos para fazer efeito, mas confesso que foi um al\u00edvio enorme na hora… Neste momento, o Daniel finalmente entrou na sala de parto e ficou l\u00e1 o tempo todo depois. Assim que tomei a anestesia, o m\u00e9dico pediu que eu deitasse na maca e me posicionasse para o parto. S\u00f3 que eu n\u00e3o queria ficar deitada, do\u00eda bem mais e sabia que era para pior posi\u00e7\u00e3o para parir. A\u00ed ele inclinou a maca o m\u00e1ximo poss\u00edvel para ficar sentada e como ainda achei que estava muito deitada e desconfort\u00e1vel, colocaram v\u00e1rias almofadas nas minhas costas e o Daniel ajudou segurando-as atr\u00e1s de mim. Achei que tinha ficado bom, estava praticamente sentada, confort\u00e1vel, n\u00e3o estava amarrada e tinha onde segurar para fazer for\u00e7a. Isso j\u00e1 eram 23:20 da noite. A partir deste momento o m\u00e9dico fez v\u00e1rias interven\u00e7\u00f5es, nem sei quais direito, pois ele n\u00e3o me avisava o que estava fazendo, simplesmente fazia o que achava que precisava na hora. Sei que ele colocou ocitocina no soro, pois assim que me posicionei para parir, depois dos 10 minutos, acho que nem isso, de al\u00edvio que senti depois da anestesia, as contra\u00e7\u00f5es voltaram com tudo. Depois disso, perdi totalmente a no\u00e7\u00e3o de tempo, espa\u00e7o, de quem eu era. O Daniel ficou l\u00e1 do meu lado, muito calmo e tranquilo, me dando for\u00e7a o tempo todo, fazendo de tudo para ajudar. Mas o que realmente fez a diferen\u00e7a e lembro que me ajudou muito foi seu olhar, que dizia eu confio em voc\u00ea, estou aqui do seu lado e tenho certeza de que vai dar tudo certo e voc\u00ea vai conseguir…  O que lembro \u00e9 de sentir vontade de fazer for\u00e7a durante as contra\u00e7\u00f5es, que estavam muito fortes, e que vinham sem parar, n\u00e3o tinha mais intervalo entre uma e outra, e teve momentos que n\u00e3o conseguia mais respirar, acho que prendia a respira\u00e7\u00e3o para fazer mais for\u00e7a. Lembro do m\u00e9dico falando para eu respirar, soltar o ar. Em algum momento ele estourou minha bolsa. N\u00e3o senti dor, apenas um l\u00edquido quente escorrendo. No fim do expulsivo ele fez a episiotomia, que para mim, foi a pior das interven\u00e7\u00f5es… Na hora, senti ele fazendo o corte, e que dor! Ele n\u00e3o deu anestesia local, pois eu j\u00e1 estava anestesiada e achou que n\u00e3o iria sentir (o m\u00e9dico ficou at\u00e9 espantado de eu ter sentido o corte), mas acho que aconteceu isso porque estava realmente com pouca anestesia. Na hora comecei a chorar, e n\u00e3o sei, senti um pouco de desespero. Ele pediu que eu ficasse calma, respirasse fundo, que me concentrasse nas contra\u00e7\u00f5es que ela estava quase nascendo, que eu tinha que ser forte e continuar. Lembro que respirei fundo, pensei na Alice e continuei. Depois disso, chegou um ponto que n\u00e3o conseguia mais fazer for\u00e7a, n\u00e3o conseguia mais respirar, e olhei bem para o Daniel e disse \u201cn\u00e3o consigo, n\u00e3o tenho mais for\u00e7a\u201d. Ele s\u00f3 respondeu \u201cconsegue sim, for\u00e7a que ela est\u00e1 chegando\u201d. Foi a\u00ed que o m\u00e9dico disse: \u201cela j\u00e1 est\u00e1 aqui embaixo, estou vendo o cabelo dela, concentra e na pr\u00f3xima contra\u00e7\u00e3o faz for\u00e7a que ela nasce\u201d. <\/p>\n\n\n

Quando escutei a palavra cabelo, pensei \u201c\u00e9 agora, ela est\u00e1 nascendo mesmo\u201d. Parece que ganhei uma inje\u00e7\u00e3o de \u00e2nimo, tirei for\u00e7as nem sei de onde, e fiz uma for\u00e7a bem comprida e ela nasceu!<\/span><\/p>\n\n\n

Pequenina, com 2,730 kg e 45,5cm, cabeludinha, linda, cor de rosa, perfeita, bem espertinha, foi Apgar 10 e 10. Chorou logo que nasceu, n\u00e3o precisou ser aspirada, nem nada. Mas n\u00e3o pude segur\u00e1-la ainda com o cord\u00e3o umbilical, pois ele era muito curto. O m\u00e9dico at\u00e9 tentou me d\u00e1-la, mas n\u00e3o alcan\u00e7ava. Ent\u00e3o ele s\u00f3 me mostrou e eu fiquei vendo-a enquanto ele esperava um tempinho para poder cort\u00e1-lo. A dor tinha passado completamente, \u00e9 incr\u00edvel. O Daniel disse para mim \u201cnossa filhinha nasceu e ela \u00e9 linda\u201d! Neste momento, perguntei que horas eram e todos na sala de parto come\u00e7aram a rir… Mas eu s\u00f3 queria saber se ela tinha nascido ainda no dia 10 ou no dia 11, pois tinha internado no dia 10 de noite e n\u00e3o tinha ideia de que horas eram. Ela realmente tinha nascido no dia 10 (sexta-feira) \u00e0s 23:49!! Ou seja, foram 10 horas de trabalho de parto, sendo apenas meia hora de expulsivo. Assim que o cord\u00e3o foi cortado, ele a me entregou para segurar. Nos conhecemos pela primeira vez! Que emo\u00e7\u00e3o. Ela, que estava chorando a plenos pulm\u00f5es, ficou quietinha imediatamente. A primeira coisa que falei quando a segurei foi: \u201cAi que gracinha, voc\u00ea nasceu, voc\u00ea nasceu!\u201d. Para mim, parecia inacredit\u00e1vel, parecia mentira que ela tinha nascido, que ela era de verdade, que estava no meu colo e que eu tinha conseguido. N\u00e3o tem como explicar. Depois de um tempinho, a coloquei no meu peito, mas n\u00e3o quis mamar muito n\u00e3o. Mesmo assim, o pediatra disse para deixa-la no meu colo ao lado do meu seio que ajudaria o leite a descer. E assim ficamos (o papai estava junto) na maca, nos conhecendo e namorando. Falei para ela \u201ceu sou a sua mam\u00e3e\u201d e ela me olhou como se entendesse… Um pouco depois a placenta nasceu (n\u00e3o doeu, apenas senti um pouco de c\u00f3lica) e o m\u00e9dico deu os pontos embaixo. Depois de um tempo, o pediatra a levou para a salinha ao lado, a examinou e pesou, e me devolveu ela, j\u00e1 embrulhada em uma manta e com a toquinha. Ela ficou no meu colo o tempo todo na sala de parto. E quando j\u00e1 tinha terminado tudo, isso era mais ou menos 1 hora da manh\u00e3, o m\u00e9dico disse que est\u00e1vamos prontas para subir para o quarto. Que ela poderia ir comigo e que eu n\u00e3o precisava ir para recupera\u00e7\u00e3o, pois n\u00f3s duas est\u00e1vamos \u00f3timas. Fiquei toda feliz! Ele disse para o Daniel que ele poderia descer para avisar a fam\u00edlia que tinha nascido, pegar nossas coisas e ir direto para o quarto nos esperar. Foi a\u00ed que passei a pior parte desta hist\u00f3ria. Assim que o m\u00e9dico virou as costas, uma enfermeira pegou a Alice e a levou para o ber\u00e7\u00e1rio (sob meus in\u00fateis protestos) e disse que outra enfermeira viria me buscar para me levar para o quarto. S\u00f3 que n\u00e3o aparecia ningu\u00e9m e quando apareceu ela me levou para onde outras mulheres estavam em recupera\u00e7\u00e3o (todas dormindo, pois tinham feito ces\u00e1rea e estavam sedadas). Fiquei inconformada e perguntei porque estava l\u00e1, se o m\u00e9dico disse que eu iria direto para o quarto. Eis o motivo: estavam passando cera no corredor do quarto que eu ficaria e n\u00e3o podia passar com a maca. E pior, n\u00e3o sabiam quanto tempo iria demorar. Ah, quase surtei!!!! Mas n\u00e3o tinha o que fazer, ela disse que n\u00e3o tinha jeito mesmo e saiu da sala. Fiquei l\u00e1 sozinha, sem meu marido, sem minha filha. <\/p>\n\n\n

Foi ent\u00e3o que entendi completamente o que tinham me explicado na gravidez enquanto me preparava para parto que havia diferen\u00e7a entre dor e sofrimento. Realmente, at\u00e9 aquele momento tinha sentido muita dor, mas n\u00e3o tinha sofrido, era uma \u201cdor boa\u201d, era minha filha que estava chegando.<\/span><\/p>\n\n\n

Naquela hora sim, eu estava de fato sofrendo, parecia que tinham arrancado um pedacinho de mim e levado embora, e eu n\u00e3o conseguia parar de pensar nela, sozinha, naquele ber\u00e7\u00e1rio, sem meu colo, sem meu cheiro, sem meu peito, chorando, sendo que tinha acabado de nascer. Quando a enfermeira voltou e viu que eu estava chorando, quis me dar rem\u00e9dio para dormir, \u00e9 claro que eu n\u00e3o ia tomar de jeito nenhum!! N\u00e3o estava sentindo nada de dor, s\u00f3 queria ir para o quarto, queria minha filha de volta e meu marido ali do meu lado. Al\u00e9m do mais, estava com fome e com sede, e ela me negou tanto a \u00e1gua como a comida, disse que n\u00e3o podia (detalhe: o m\u00e9dico tinha liberado). Fiquei l\u00e1 uma hora, mas para mim parece que foi uma eternidade. Ent\u00e3o, finalmente fui para o quarto e o Daniel estava l\u00e1 me esperando. Acho que nunca precisei tanto de um abra\u00e7o como naquela hora. Mas a Alice ainda n\u00e3o estava l\u00e1. E demoraram ainda quase duas horas para me trazerem ela. O Daniel ia l\u00e1 no ber\u00e7\u00e1rio a cada cinco minutos perguntar por ela, mas eles ignoraram nossos pedidos. Quando ela chegou, estava morta de fome, j\u00e1 veio com a boquinha bem aberta para mamar e sugou com toda for\u00e7a (ent\u00e3o acho que pelo menos n\u00e3o deram leite para ela no ber\u00e7\u00e1rio). Eu continuava sem beber \u00e1gua nem comer nada. S\u00f3 quando trocou o turno \u00e9 que a enfermeira que entrou (outra santa que me ajudou muito), foi l\u00e1 na cozinha e pegou \u00e1gua e um lanchinho para eu comer, me ajudou a amamentar etc., mas isso j\u00e1 eram mais de 5 horas da manh\u00e3. Resultado disso \u00e9 que de manh\u00e3, quando levantei para ir ao banheiro, minha press\u00e3o estava t\u00e3o baixa que quase desmaiei (minha press\u00e3o j\u00e1 cai normalmente se fico sem comer, imagina depois de dar \u00e0 luz). Tiveram que me segurar nos bra\u00e7os. Lentamente fui voltando ao normal. Depois disso, n\u00e3o tenho do que reclamar do hospital, a Alice n\u00e3o saiu mais de perto de n\u00f3s, nem para tomar banho (tomou dentro do meu quarto), as enfermeiras foram muito sol\u00edcitas e ajudaram em tudo que precisei. Queria ter ido embora no s\u00e1bado, mas o m\u00e9dico achou melhor sairmos no domingo cedinho, pois o teste do olhinho precisava ser feito 24 horas depois que o beb\u00ea nasce. Ent\u00e3o, no domingo \u00e0s 10 da manh\u00e3 fomos para casa os tr\u00eas. Minha recupera\u00e7\u00e3o foi \u00f3tima e meu leite desceu dois dias depois do parto. S\u00f3 a episiotomia que me trouxe problemas no p\u00f3s-parto. Meu corpo rejeitou a linha cir\u00fargica e meus pontos abriram no terceiro dia. Precisou ressuturar duas vezes no consult\u00f3rio do m\u00e9dico e por fim, acabou cicatrizando por segunda inten\u00e7\u00e3o. Confesso que fiquei morrendo de medo de n\u00e3o cicatrizar direito, mas felizmente deu tudo certo. Com 40 dias j\u00e1 tinha cicatrizado e o pr\u00f3prio corpo voltou ao normal aos poucos depois.<\/p>\n\n\n

N\u00e3o me arrependo de nada, foi uma experi\u00eancia maravilhosa e acho que tudo tem seu tempo.\u00a0<\/span><\/p>\n\n\n

Agrade\u00e7o a todos que fizeram parte deste momento e tornaram esse sonho realidade, especialmente ao Daniel que foi muito parceiro desde o in\u00edcio e me apoiou incondicionalmente em todos os momentos. Se Deus me conceder a b\u00ean\u00e7\u00e3o de ser m\u00e3e novamente, com certeza buscarei uma equipe que seja realmente humanizada, que compreenda o processo natural e fisiol\u00f3gico do parto, respeitando o tempo da mulher e do beb\u00ea, que acredite na capacidade da mulher de parir, que n\u00e3o separe o beb\u00ea da m\u00e3e sem necessidade, que d\u00ea apoio emocional neste momento t\u00e3o importante, tanto antes, como durante e depois. Mas que tamb\u00e9m tenha compet\u00eancia para fazer as interven\u00e7\u00f5es que forem necess\u00e1rias (se forem necess\u00e1rias), inclusive uma cesariana, se for para o melhor nascimento do beb\u00ea e da m\u00e3e, porque \u00e9 para isso que existem todos os avan\u00e7os da medicina atual!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Come\u00e7o este relato dizendo que o nascimento da Alice foi uma experi\u00eancia maravilhosa para mim, inesquec\u00edvel. Descobri que tinha uma for\u00e7a dentro de mim que n\u00e3o sabia que existia, consegui uma maior conex\u00e3o com meu corpo e com certeza, me senti muito mais mulher depois disso. Al\u00e9m da emo\u00e7\u00e3o indescrit\u00edvel que foi v\u00ea-la pela primeira […]<\/p>\n","protected":false},"author":100,"featured_media":13616,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[335,207],"tags":[84,103,42,43],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13602"}],"collection":[{"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/100"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=13602"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13602\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":13617,"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/13602\/revisions\/13617"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/13616"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=13602"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=13602"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/falafrida.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=13602"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}