Perdi o jeito

Meus cadernos de linhas retas e caligrafia perfeita agora são rabiscos tortuosos, difíceis de alinhar. No emaranhado de flores, não sei quais pétalas quero presentear. Perdi o jeito de conduzir minha vida. Entre tantos caminhos, cabe a mim escolher qual trilhar, sem culpas. Meu tempo é agora. Sem desculpas.

Como saber

Como saber se não somos nós os mortos, condenados a enterrar uns aos outros. Cumprindo nossas penas. Vivendo um pouco de tudo. Vendo tudo e nada tendo. Como saber se não somos nós o inferno. Queimando por dentro e congelados por fora. Olhando, inertes, as guerras e as crianças. As lutas e os cachorros. Admirando […]